Sober por NatalieOliver

Título: Sober

Autor: Natalie Oliver

Categoria: Heterossexualidade/ Linguagem Imprópria/ Nudez e Sexo.

Classificação: 18 anos 

Sinopse: "Uma mulher da vida. Um homem de casamento marcado. Um acordo. Será que Bella Swan, uma prostituta, aceitaria o acordo de Edward Cullen?”

Notas: Os personagens pertencem a Stephenie Meyer. A perversidade é toda da autora! A música mencionada é “Sober”, da cantora Pink. 

Boa leitura!

~*~*~

Sober
Sóbria
I don't wanna be the girl who laughs the loudest
Eu não quero ser a garota que ri mais alto
Or the girl who never wants to be alone
Ou a garota que nunca quer ficar só I don't wanna be there callin' at 4 o'clock in the morning
Não quero ficar ligando às quatro horas da manhã Cause I'm the only one you know in the world that won't be home
Pois sou a única que nunca está em casa

O quarto girava, nunca pensei que isso, essa sensação fosse verdadeira. Sua boca ainda estava enterrada entre meus seios, suas mãos eram habilidosas e ágeis. Nada, ninguém poderia me dar aquilo que, somente ele, estava me dando agora. 

Os espasmos violentos do meu corpo me fez ficar dolorida. O orgasmo foi longo e prazeroso. Repito, ninguém poderia me dar o que Edward Cullen me proporcionara naquele momento. Mas também era o único que me fazia pensar, ponderar em ter outra vida, mas isso era impossível, ele não fora o único que me oferecera uma quantia ‘pensável’, mas fora o único pelo qual eu realmente quis aceitar.

Os movimentos em meus quadris foram involuntários, eu sentia seu membro dentro de mim e meu corpo respondia por livre e espontânea vontade. Aquele acordo estava perigoso de mais. Desde que encontrei Tânia, aprendi a não criar, alimentar sentimentos por clientes, mas essa proposta eesse homem estavam me deixando de pernas para o ar, literalmente.

- Pensando em quê, Isabella? – aquela voz, a voz rouca que me fazia acordar encharcada toda manhã.

- Apenas em quando isso tudo acabar, esse acordo está chegando ao fim, Edward. – e como se era de esperar, ele fechou a cara e aumentou o ritmo das investidas, não pude deixar de gemer. Edward zangado era bem mais excitante do que Edward bonzinho.

- Nós já conversamos sobre isso, Bella. Você pode vir comigo, fugir. Tânia não fará nada com você enquanto estiver comigo, tenho certeza. – ele falava ofegante enquanto coloca minhas costas em seu peito.

- Eu não posso simplesmente fugir de quem eu sou Edward.

- Mas você pode voltar a ser quem você era. – fechei meus olhos, dando por findada a conversa.

Aahh the sun is blinding
Ah-ah... o sol está me cegando I stayed up again
Virei a noite de novo Oohh, I am finding 
Oh-oh, estou descobrindo That that's not the way I want my story to end
que não quero que minha história termine assim

Eu já tinha ponderado sobre aceitar a oferta de Edward, mas pensar em aceitar era pensar em como isso foi acontecer. Como um homem de casamento marcado foi se apaixonar por uma mulher da vida?

Não saberei como reagir quando o mês acabar e eu tiver que voltar. Edward apareceu em minha vida como meu primeiro cliente, eu era apenas um dançarina naquela boate, mas eu precisava de mais dinheiro. Edward pareceu e tudo aconteceu.

Eu estava nervosa, e isso era fato. Minha primeira transa com um desconhecido. Edward é rico e incrivelmente sexy. Uma aliança em sua mão direita me dizia que isso, essa noite, poderia ser uma despedida de solteiro, mas não era.

- Me falaram que é sua primeira noite e sou seu primeiro cliente. O que acha de umas dicas, Sophie? – eu odiava meu nome de guerra, mas era preciso.

- Tudo o que o senhor quiser. – eu falei da forma mais sexy que consegui, Edward pareceu tremer.

- Então faça exatamente o que eu disser. – Edward se colocou atrás de mim e abaixou a alça fina de meu micro vestido. Pude sentir sua respiração em minha nuca – Relaxe. – a voz que me enlouqueceu e eu quase perdi o controle sobre minhas pernas – Fique completamente quieta – o meu vestido foi ao chão e as mãos grandes de Edward seguraram minha cintura, não deixei de gemer, e era de puro prazer. – Consegue sentir o que você faz comigo? – ele perguntou prendendo-me contra sua ereção absurdamente grande.

- Consigo sentir facilmente. – eu sussurrei.

Edward me virou abruptamente, meu corpo se chocou com o dele e eu arfei.

De onde saiu aquele homem?

Suas mãos percorriam minhas costas até a fita de minha calcinha, que foi facilmente rompida por suas mãos ágeis. Sua mão direita apertou uma nádega enquanto a esquerda fazia círculos com meu seio. Pendi minha cabeça para trás e senti o gemido irromper de meu peito.

I'm safe
Estou segura Up high
aqui em cima
Nothing can touch me
Nada pode me atingir But why do I feel this party's over?
Mas por que sinto que a festa acabou?
No pain
Não sinto dor Inside
Aqui dentro You're my protection
Você é minha proteção So how do I feel this good sober?
Então como vou me sentir bem, estando sóbria?

Edward era o tipo de homem que parecia insaciável, e eu não estava reclamando, longe disso. Era só que, mais uma vez, eu achava que era só mito. Mas o que seria mito se tratando de Edward?

- No que esta pensando? – Edward sussurrava em meu ouvido enquanto sua mão estimulava-me, eu nem conseguia pensar direito, já era a quarta vez que transávamos na mesma noite.

- No momento? Só consigo ter consciência que você está atrás de mim. – fui sincera, eu não conseguiria mentir para ele, ele tinha poder sobre mim.

Ele intensificou seus movimentos e logo cheguei ao ápice. Suspirei cansada, nossa noite estava chegando ao fim. E como se lesse meus pensamentos, Edward tomou consciência disso.

Edward me virou, fazendo com que eu ficasse sentada em seu quadril, e em um movimento rápido ele me penetrou, fazendo-me gemer de surpresa. Meu quadril tomou vida própria, eu rebolava sem piedade em seu membro pulsante. Minhas pernas continha as marcas dos dedos de Edward.

- Diga-me Sophie, qual é seu nome verdadeiro? – a pergunta me pegou desprevenida, perdi o ritmo, mas Edward continuou a se movimentar embaixo de mim.

- Sabe que não posso dizer. – eu até que ponderava em responder, mas eu não sabia das conseqüências.

- Ainda não confia em mim? Minha proposta ainda é duvidável? – ele respondeu me virando na cama enorme de seu quarto. Já estávamos em nossa segunda semana de acordo, então ele me levou ao seu apartamento.

- Não vejo onde um mês de sexo exclusivo o faz parecer mais confiável. – Edward me estocava e o ar já começava a faltar, os primeiros espasmos estavam por vir.

- E se eu dissesse que há muito mais do que sexo? Poderia confiar em mim, olhando em meus olhos? – ele falou enquanto me obrigava a olhá-lo, nada ali parecia ruim, só existia um brilho intenso e inexplicável. Senti os espasmos vindo mais forte, o gozo já estava presente.

- Isabella. – eu sussurrei enquanto fechava meus olhos e soltava um longo gemido de satisfação.

- Prazer Isabella. – Edward disse e beijou-me a boca pela primeira vez.

I don't wanna be the girl that has to fill the silence
Não quero ser aquela que vai preencher o silêncio The quiet scares me cause it screams the truth
O silêncio me assusta porque diz a verdade. Please don't tell me that we had that conversation
Por favor, não diga que tivemos aquela conversa I won't remember, save your breath, 'cos what's the (use)?
Não vou lembrar, poupe as palavras, não vai adiantar

Edward tinha acabado de sair para o trabalho, e como parte do acordo, eu ficava o dia inteiro em seu apartamento. Não era tedioso, era interessante. Edward possuía uma grande variedade de livros em seu escritório, e isso me facilitava à vida. Eu amava ler, o que me deixou bastante intrigada assim que peguei um exemplar surrado de ‘O morro dos ventos uivantes’.

- É um dos que mais leio, não porque eu goste, sim porque não entendo Catherine. – Edward disse assim que me viu lendo pela milésima vez. Eu estava tão imersa no século passado que nem o percebi, completamente nu, na porta. - Eu não consigo entender como Heathcliff e Cathy acabaram sendo comparados a casais como Romeu e Julieta. Essa não é uma história de amor, é uma história de ódio. Como você pode gosta disso? – ele falou chagando perto de mim.

- Eu não tenho certeza - eu disse, lutando pra ser coerente enquanto ele me olhava - É alguma coisa relacionada à inevitabilidade. Como nada consegue mantê-los separados, nem o egoísmo dela, nem o mau dele, e no fim, nem mesmo a morte... - eu dei de ombros.

O rosto dele estava pensativo enquanto ele pensava nas minhas palavras. Depois de um momento, ele deu um sorriso de zombaria.

- Eu ainda preferiria se um deles tivesse uma qualidade que os deixasse de fixa limpa. – ele sussurrou ao pé de meu ouvido, me arrepiei. Segurei firme seu membro, o estimulando.

- Eu acho que é disso que eu estou falando - eu discordei - O amor deles é a única qualidade que os redime. – falei torcendo para não sair um gemido ao lugar de uma frase. Sua mão se apoderava de meu seio por debaixo da enorme blusa.

- Eu espero que você tenha mais senso que isso, se apaixonar por alguém tão... monstruoso. – ela falou e lambeu o lóbulo da minha orelha. Fechei meus olhos.

- É um pouco tarde pra me preocupar com a pessoa pela qual eu vou me apaixonar - eu apontei -Mas eu pareço ter me saído muito bem. - Ele riu baixinho. E eu me arrependi profundamente assim que deixei essa frase escapar.

- Ainda bem que você não tem nenhum senso para o perigo. - ele gargalhou, canalha.

- Bem, eu espero que você seja esperto o suficiente pra ficar longe de alguém tão egoísta. A fonte de todo o problema na verdade é Catherine, não Heathcliff. – tentei ao máximo manter a linha do raciocínio, mas como se pode pensar com uma mão bem em seu sexo? Sua boca sufocou meu gemido desesperado.

Aahh, night is calling?
Ah-ah... a noite está chamando
And it whispers to me softly come and play...
E ela me pede baixinho pra brincar com ela Aahh, I am falling
Ah-ah... estou caindo And If I let myself go I'm the only one to blame!
E se eu me entregar, serei a única culpada

O calendário ria de mim, zombava da minha sorte, ou falta dela.

Tempo: era isso que eu não tinha mais. Eu voltaria para ‘casa’ amanhã e nada poderia me impedir, nem eu mesma.

Ser prostituta nunca entrou em minha lista de ‘ser quando crescer’, mas a vida zombou de mim e posso agradecer por Edward ter sido o primeiro.

- Ainda pensando? – Edward segurou-me pela cintura olhando-me, fazendo perder-me na imensidão verde que são seus olhos.

- Só tentando guardar na memória. – eu falei tentando não demonstrar o quanto aquilo me afetava, mas não deu muito certo.

- Podemos fugir... – eu o interrompi antes que ele terminasse a frase. Devorei sua boca, lutando para que seu gosto ficasse em minha memória.

O quarto estava ficando cada vez mais quente, o ar já fazia bastante falta. A boca de Edward fazia um trabalho maravilhoso em meu seio esquerdo. Seu membro pulsava enquanto eu subia e descia cada vez mais extasiada. Minhas mãos estavam presas em seu cabelo o trazendo para mais perto.

Edward me girou na cama me fazendo ficar por baixo e se desconectou de mim, um gemido de protesto já se formava em minha garganta quando eu o vi me colocar de quatro por sobre o colchão. Edward segurou meu quadril e me penetrou sem aviso prévio, gemi alto.

As estocadas eram rápidas e precisas, os gemidos eram altos. Edward fazia um vai e vem desesperado, mas mesmo quando eu senti o orgasmo chegando e me deixando mole ele não parou. Eu ainda o sentida em mim e o senti sair de mim. E por um momento me senti sóbria, mas desejando me embebedar novamente. Faria dessa ultima noite, eterna.

The End